Horário de férias e inventário da Biblioteca ESPM-SP


Durante o período de férias acadêmicas, a Biblioteca ESPM-SP terá horário de funcionamento reduzido. 

Confira:

De 12 a 18 de dezembro de 2015, estará aberta de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas. Fechada aos sábados.

De 4 a 31 de janeiro de 2016, apenas a Ludoteca (1º andar) estará aberta de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas. Fechada aos sábados.

Nesse período, o prazo para empréstimo não será estendido, pois a Biblioteca realizará o inventário dos seus materiais. Caso tenha retirado algum material, a devolução deverá ser feita até o dia 11 de dezembro de 2015, na unidade Álvaro Alvim, e até o dia 18 de dezembro nas unidades Joaquim Távora e Vila Olímpia; o empréstimo poderá ser efetuado novamente a partir do dia 1º de fevereiro de 2016.

Os contatos fora do horário de atendimento devem ser encaminhados ao e-mail: 


Biblioteca ESPM SP

5 lições que as bibliotecas podem aprender com o BuzzFeed

[texto de Christina Manzo, publicado no Weave]
Desde seu lançamento em 2006, o BuzzFeed se tornou uma instituição da internet, ao reconhecer e aproveitar o ciclo de vida insaciável da mídia viral. A ideia por trás do site é relativamente simples: reunir conteúdo de tendências de toda a web (por exemplo, notícias, fofocas de celebridades, entretenimento, quizes) e organizá-lo em um formato que seja curto e atraente.
O patrimônio líquido da BuzzFeed Inc. é estimado 850 milhões de dólares. E de acordo com uma auditoria de analytics, o site recebeu 146 milhões de visitas somente em maio de 2015 (visitas online e mobile). Em contraste, a Biblioteca do Congresso, a mais antiga instituição cultural federal nos Estados Unidos, atraiu pouco mais de 1 milhão de visitas no mesmo período.
O modelo de negócios do BuzzFeed depende do potencial de compartilhamentos, algo que possui em comum com as bibliotecas de hoje, e por essa razão os designers de sites de biblioteca têm a oportunidade de aprender com o esmagador sucesso do BuzzFeed. Aqui estão as principais lições que designers de sites de bibliotecas podem aprender com o BuzzFeed.
1. Formatação
O que eles fazem:
Estatisticamente falando, se você clicou sobre este artigo você está talvez involuntariamente ciente de um dos recursos mais utilizáveis do BuzzFeed: sua formatação. Por exemplo, o título deste artigo possui exatamente oito palavras. Isto não é acidental. Estudos relatam que manchetes de oito palavras têm um CTR (ou click-through rate) que é21% maior do que aquelas que não tem. Além disso, a utilização de um número ímpar no título é também estatisticamente favorável, uma vez que aumenta o CTR em 20%.

Uma vez a manchete estatisticamente favorável esteja escrita, o BuzzFeed emprega o método “Mordida-Lanche-Refeição” de coleta de informações para se certificar que o usuário não será oprimido por conteúdo em sua página inicial (ver fig. 1). O Buzzfeed fornece uma manchete (a mordida), uma sinopse (o que aumenta o CTR em 27 por cento) e uma descrição curta, coloquial do artigo (o lanche), que é o que um leitor precisa para tomar uma decisão sobre se deve ou não ler o artigo (a refeição).
O que as bibliotecas podem fazer:
Um calendário de eventos da biblioteca é o teste ideal para este método. Há uma grande quantidade de informação que tem de ser transportadas em uma pequena quantidade de espaço; no entanto, muitas vezes os usuários sofrem a sobrecarga de informações. Idealmente, os usuários serão capazes de percorrer uma grande quantidade de eventos para ver o que é interessante ou que lhes é aplicável. Um exemplo de uma biblioteca que faz isso bem é a Salt Lake City Public Library (ver fig. 2).

Esta sinopse inclui as “mordidas” para título, hora, data e local e o “lanche” da descrição do evento.
2. Personas
O que eles fazem:
O BuzzFeed tem algo para todos, porque os seus artigos são baseados em diferentes personas. Em web design, uma persona é “um indivíduo com dados demográficos específicos e outras características. Cada persona é um composto de características de pessoas reais que seu grupo representa.” (Redish, 2012).

Exemplos de como o mesmo site pode recorrer a grupos opostos de personas.
O BuzzFeed cria uma grande quantidade de conteúdo direcionado para personas, que muitas vezes é contraditório (como visto acima); no entanto, ele dá ao leitor uma experiência mais personalizada com o site. Mesmo se o leitor não concorda com todos os itens na lista, as personas são muitas vezes suficientemente gerais para garantir, pelo menos, alguma medida de sucesso.
O que as bibliotecas podem fazer:
Além de sua utilidade geral no web design da biblioteca, personas são ideais para oferecer sugestões aos leitores, porque elas agrupam os usuários baseados em livros, gêneros e autores que já gostam. Tradicionalmente, esta tarefa tem sido realizada por um único bibliotecário durante uma entrevista de referência, mas o que é único sobre o método do BuzzFeed é que ele permite a auto-categorização (ou seja, se eu me identifico como um nerd, é provável que eu leia um artigo intitulado “27 livros que os nerds vão amar”).

3. Engajamento
O que eles fazem:
BuzzFeed permite que os usuários cataloguem sua coleção usando palavras-chave “livremente escolhidas”, votando em sua reação a uma história ou lista. Embora essas palavras-chave (ver Fig. 4) seriam julgadas por qualquer catalogador profissional como “tags de lixo”, elas ajudam a envolver o leitor no processo de coleta de informações e permitem aos usuários a encontrar o conteúdo que eles querem rapida e facilmente.

Essas categorias são coloquiais o suficiente para atrair a atenção, mantendo alguma medida de eficácia.
Além disso, o BuzzFeed incentiva os usuários a votar no conteúdo que eles mais tarde transformam em artigos. Por exemplo, a votação de hoje sobre quais livros ler na praia pode se tornar a lista de amanhã dos melhores 23 livros pra ler neste verão. Isso garante que o grupo demográfico vê o conteúdo relevante que eles próprios podem ter ajudado a criar.
O que as bibliotecas podem fazer:
Folksonomias são surpreendentemente precisas. Num estudo de 2015, Manzo et ai. descobriram que os participantes pesquisados, bibliotecários e leigos, eram capazes de igualar metadados criados profissionalmente (ou exatamente ou muito perto) cerca de 88 por cento das vezes. No entanto, permitir o controle completo por parte dos usuários não é uma meta realista para muitas bibliotecas. Em vez disso, folksonomias devem ser utilizadas para complementar os metadados que já existem, criados profissionalmente. Um grande exemplo dessa justaposição ocorre na interface do catálogo do Bibliocommons, que permite a coexistência de listas criadas pelo usuário e taxonomias profissionais, em uma única interface facilmente pesquisável.

O próximo passo para as bibliotecas que empregam este tipo de modelo taxonômico misto é encontrar maneiras novas e inovadoras para transformar essas informações em conteúdo, exposições e outros meios de engajamento. Onde o BuzzFeed simplesmente transforma esses dados criados pelo usuário em conteúdo, as bibliotecas têm o potencial para explorar maneiras criativas para que os usuários interajam com esses dados. Grandes exemplos disso incluem a exposição Origins do Chinese American Museum e do App Library da Digital Public Library of America.
4. Oportunidade
O que eles fazem:
Outra opção de design simples que mantém o BuzzFeed relevante é a sua apresentação cronológica. Sua home page é especificamente projetada para mostrar aos usuários o que é burburinho, naquele momento particular. Isso mantém o conteúdo relevante e permite mais tráfego, conforme o que os visitantes do site veem às 9 horas será diferente do que ao meio-dia.

Não apenas o home do Buzzfeed conta com cronologia, mas também tem uma sub-página inteira dedicada a o que está quente no momento.
O que as bibliotecas podem fazer:
Pontualidade pode ser um assunto complicado com os sites de biblioteca. Grande parte da informação em um home page de biblioteca deve permanecer estática por uma boa razão (por exemplo, a localização da biblioteca, horário de funcionamento), mas mantendo todo o site estático, estamos perdendo a chance de envolvermos em uma discussão com nossos usuários sobre as questões que importam a eles.

A boa notícia é que muitos catálogos de bibliotecas já estão usando esse recurso, destacando os livros, filmes e outras mídias em sua coleção que foram recentemente emprestados ou comentados. A melhor notícia é que as bibliotecas têm a oportunidade de ampliar o uso dessa estratégia para incluir outros conteúdos online.
Bibliotecários de referência são normalmente as primeiras pessoas a serem consultadas quando os usuários estão pesquisando um novo problema ou assunto. Muitas bibliotecas já mantem controle sobre o número e tipos de perguntas, mas muitas delas avaliam esses dados apenas ao final de um ano. Se as bibliotecas realizarem a análise de dados em tempo real, os bibliotecários na linha de frente podem obter uma imagem mais clara das questões que o público se preocupa naquele momento, e equipá-los melhor para responder a perguntas do público e promover o conteúdo da web em tempo útil para antecipar algumas das essas perguntas.
5. Potencial de compartilhamento
O que eles fazem:
Setenta e cinco por cento de todo o tráfego de BuzzFeed vem de pessoas que compartilham seu conteúdo em plataformas de mídia social como Facebook e Twitter. Parte disso é fácil de explicar: eles tornam esse processo mais fácil, com uma única etapa, incorporando plug-ins de mídia social em cada página. A resposta mais complexa é que eles têm o conteúdo que as pessoas inerentemente desejam compartilhar. Este conceito envolve todos os quatro pontos anteriores. Seu conteúdo é compartilhável porque é utilizável, interativo, personalizado e em tempo oportuno. Todos estes quatro conceitos são as pernas da mesa proverbial que mantêm o BuzzFeed compartilhável. Sem a viralidade da marca, toda a operação iria desmoronar.

BuzzFeed oferece todas e quaisquer opções de compartilhamento em uma barra, visualmente legível.
O que as bibliotecas podem fazer:
Potencial de compartilhamento é outro conceito que pode ser difícil em termos de conteúdo de biblioteca, devido ao fato de que a maior parte da vida online da biblioteca gira em torno do seu espaço físico. Em razão deste ponto de vista, muitas oportunidades para engajamento online tendem a cair no esquecimento. Há duas soluções diferentes que podem ajudar uma biblioteca a engajar mais como uma entidade online: uma tradicional e outra um pouco mais contemporânea. O método tradicional é incentivar os usuários a interagir com a biblioteca digital (ou seja, tê-los confirmados em um evento no Facebook).

A solução mais contemporânea é ter os usuários interagindo com a biblioteca como uma entidade digital. Grandes exemplos disso são oshackatons, onde o público se reúne ao longo de alguns dias para projetar e construir algo como um aplicativo ou corrigir um problema de codificação. Se você estiver interessado em aprender mais sobre hackatons, consulte o guia DPLA de como fazer.
TL; DR
Modelo de negócios do BuzzFeed depende de pessoas que querem compartilhar o conteúdo do site. As bibliotecas também contam com esse modelo para promover o uso da mídia em suas coleções, mas muitas vezes esse conceito é aplicado somente para a biblioteca em um sentido físico. A fim de tornar a biblioteca compartilhável em um nível digital, o conteúdo deve primeiro ser utilizável, interativo, personalizado e publicado em tempo oportuno. Atualmente, o conteúdo da biblioteca cai muitas vezes sob a categorização coloquial de “TL; DR” (ou too long, didn’t read – “muito longo, não li”, taquigrafia da internet comum para algo chato). Para mudar isso, precisamos repensar nossa estratégia online de ser simplesmente uma extensão do edifício físico para uma entidade separada, porém relacionada, que permite aos usuários interagir com a biblioteca de formas inovadoras. Ao reconhecer que há algo a ser aprendido com o modelo de negócios de Buzzfeed, as bibliotecas podem descobrir o que torna a media “viral” e usá-la para sua vantagem.

Professora usa cordel e incentiva leitura no sertão do Ceará


O trecho acima fez parte de um cordel coletivo produzido em 2006 por alunos da oitava série – atual nono ano -, da Escola de Ensino Fundamental João Pinto Magalhães, localizada em Cágado, localidade de São Gonçalo do Amarante, a 60 km de Fortaleza. Os estudantes que produziram o folheto tinham acabado de perder um colega de sala num afogamento, e o método de ensino de sua professora Francisca das Chagas, de utilizar a literatura cordelista para incentivar a escrita e leitura, foi a forma encontrada pelos jovens para homenagear o colega.

Cordel: Rimas que encantam

Francisca, mais conhecida como Chaguinha, ensinava em 2003 as disciplinas de língua portuguesa e artes. Percebendo o desinteresse e dificuldade de seus alunos em aprender a ler e escrever, quis inovar na forma de ensinar. “Procurei algo que pudesse atrair neles a vontade de ler. Então pensei por um bom tempo e cheguei a conclusão que deveria repassar aquilo que eu gostasse também. O objeto escolhido foi o cordel”, recorda. Assim foi criado o projeto Cordel: Rimas Que Encantam, que lhe rendeu em 2006 o título educadora do ano pelo Prêmio Victor Civita.

Primeiros versos

Como não tinha os livretos, a professora improvisou a busca, e foi de porta em porta nas casas da região procurando cordéis com os moradores mais antigos. “Pelo nome eles não conheciam, mas quando eu perguntava pelo ‘rumance’, lá se vinham eles com aqueles folhetos bem velhinhos, mas já era um começo”, recorda. Chaguinha colheu alguns e levou para a sala.

Em posse dos livretos, a professora passou a declamar os versos escritos. A entonação típica do cordel reproduzida por Chaguinha surpreendeu os estudantes. “As primeiras leituras eu fazia com eles, depois dei pra eles folhearem, expliquei as origens, de onde vieram e eles começaram a gostar”.

Filhos de pais analfabetos ou semi-analfabetos, não tinham em casa incentivo para a leitura. Com o método, os alunos passaram a ler e escrever melhor, descobriram que a língua falada é diferente da escrita, e começaram a produzir seus próprios folhetos.

A professora levava ainda aos estudantes temáticas de relevância nacional, como política e economia. Como a escola se localiza no sertão, o contato com o mundo exterior se tornava difícil, seja pela falta de meios de comunicação, ou ausência de quem informe o que se passa além da zona rural.

Três anos após a inserção do projeto, Chaguinha e seus alunos elaboraram um cordel coletivo apresentado em uma noite de cordelismo aberta a comunidade. “Depois desse momento resolvi que as pessoas precisavam conhecer essa metodologia, esse regate da cultura que começava a inspirar vários jovens. Mandei minha proposta para o prêmio Civita de Educação, concorri com professores do Brasil todo e ganhei”, relembra.

A premiação abriu portas para professora que, no ano seguinte, recebeu o convite para coordenar a escola João Moreira Barroso, na localidade de Salgado dos Moreiras. Pouco tempo depois tornou-se diretora, o que possibilitou a educadora inserir seu método de aprendizagem com cordel em outra instituição.

“Repassei aos professores e eles aderiram a proposta com muita alegria e vontade. Hoje, duas das principais escolas daqui melhoraram o desempenho graças a cultura do cordel, é uma alegria”, conclui.

Campanha quer fomentar leitura infantil

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou a campanha Receite um Livro, cujo objetivo é estimular o aumento das conexões cerebrais das crianças por meio da leitura, que pode ser feita pelos pais ou por pessoas próximas. Esta recomendação médica já é uma tendência no exterior e começa agora a ser difundida no Brasil.

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A SBP fortalecerá a ação dos pediatras nesse sentido, distribuindo a publicação “Receite um Livro: Fortalecendo o Desenvolvimento e o Vínculo”, que reunirá conteúdo atualizado e baseado em evidências científicas sobre os impactos da leitura no desenvolvimento infantil, bem como orientações de como incluir o estímulo à leitura na prática clínica. Os pediatras também ganharão um kit de livros infantis.
Desenvolvimento
Há quase meio século, a observação científica dos recém-nascidos e das crianças pequenas levou à conclusão de que o desenvolvimento do cérebro não é apenas rápido e extenso no início da vida, mas que é altamente sensível aos cuidados e estímulos que os pais e outros fornecem. Com o advento posterior da tecnologia da imagem cerebral, esses achados finalmente começaram a atrair a atenção dos formuladores de políticas públicas, em meados dos anos 1990.
“No entanto, apenas começamos a considerar seriamente essas descobertas no desenvolvimento infantil. Ainda pode ser uma surpresa ou uma novidade para alguns que a leitura para bebês, nos primeiros seis meses de vida, contribui para o desenvolvimento do cérebro e do sucesso escolar posterior”, diz o pediatra Moises Chencinski.
Embora a leitura possa ser uma força poderosa para o desenvolvimento inicial do cérebro, a natureza das conversas entre pais e bebês, durante a leitura e durante outras interações importa tanto quanto o próprio ato de ler. Mesmo nas primeiras semanas de vida, pais e crianças, no momento da leitura, estão exercitando características extremamente sutis de vocalizações, gestos e expressões faciais. Estas são as interações que estimulam o desenvolvimento inicial do cérebro.
Prazer
“Os bebês têm períodos curtos de atenção, são facilmente distraídos, por isso a leitura inicial deve ser de textos curtos. Porque o mais importante é o prazer que eles sentem em ouvir a leitura, observar o contador e suas expressões faciais e apontar para as imagens da página, o que também serve de recompensa para os pais, pois reforça e perpetua este tempo de aprender juntos”, explica Moises Chencinski.

Menino vende seus desenhos para ajudar biblioteca






As araras e paredes de uma famosa loja de roupas de Porto Alegre vão exibir 30 desenhos produzidos por um menino de sete anos. A inusitada exposição quer arrecadar fundos para melhorar a biblioteca do local onde sua mãe trabalha.


O Dia da Criança do Bem, que será realizado a partir das 15h do dia 10, na loja A Mulher do Padre (Rua Padre Chagas, 300), tem como protagonista Theodoro Saueressig Hackner, o Theo. Filho da assessora de imprensa Debora Saueressig, 38 anos, ele acostumou-se a passar algumas horas por semana no trabalho da mãe, um instituto de psicanálise — ela o leva junto quando precisa participar de alguma reunião. O guri acabou se afeiçoando ao lugar. Virou amigo do auxiliar de biblioteca, Francis Gomes, 34 anos, e seguidamente o ajuda com a máquina de xerox.



— Ele é um menino incrível, que sempre tem atitudes muito humanas. Trata todos como grandes amigos e faz questão de ter uma relação próxima — diz Francis.



Nos últimos meses, Theo começou a achar que as prateleiras da biblioteca estavam velhas e muito cheias. Ficou preocupado: seria possível preenchê-las com mais livros? Também sentiu a necessidade de colocar um novo mapa na parede, criando um ambiente mais amigável para quem quer ler e estudar. Na última terça-feira, decidiu pôr as mãos à obra.



— Como é um lugar onde eu gosto de desenhar, achei que poderia usar desenhos para ajudar a biblioteca. Então, criei esse projeto beneficente. Como garantia a quem comprar, fiz um contrato de “compra e venda”, assinado até pelo Francis, informando que todo o lucro será revertido para lá. E logo comecei a produzir as obras — conta Theo, que, desde então, gasta entre folhas e canetinhas o tempo livre.



A mãe achou graça, mas no mesmo dia viu que o assunto era sério. Os dois foram à Mulher do Padre para escolher o presente de aniversário do pai de Theo, o professor de história Thiago Hackner. Com os desenhos embaixo do braço, Theo contou à dona da loja, a empresária Joana Henrich, sobre seu projeto. Ofereceu um de seus desenhos, por R$ 1. Joana comprou e o mostrou aos demais funcionários. Em poucos minutos, Theo já tinha R$ 6. Só o estagiário não comprou.



— Os colegas brincaram que estagiário não tem dinheiro para comprar obra de arte. Comovido com a situação, Theo foi até sua mãe e disse que daria um desenho de graça a ele: “Seria injusto todos terem um, menos o estagiário”. Mas quem acabou comovida fui eu, e, por isso, decidi contar essa história no Facebook — relata Joana.



A mistura de empreendedorismo e sensibilidade do menino geraram centenas de curtidas, compartilhamentos e comentários.



— Comecei a receber pedidos de filiais da loja em outras cidades e até em outros Estados para enviar os desenhos do Theo e ajudar no projeto — revela Joana.



Para organizar a venda — e já no clima de Dia das Crianças —, Joana, Debora e Theo resolveram montar um vernissage. A partir das 15h do dia 10, o menino estará a postos na loja do Moinhos de Vento para falar sobre cada um de seus desenhos e explicar o contrato de compra e venda. Até lá, vai criando novos. O que não parece ser esforço:


— Eu gosto tanto de desenhar porque é uma forma de colocar para fora todas as minhas ideias, todas as minhas imaginações. Desenho desde os dois anos. Quando era menor, desenhava nas paredes e até no meu corpo. Gosto de desenhar monstros, batalhas e tudo o que se passa na minha cabeça. Espero que as pessoas gostem.

E-readers - Os 10 melhores aplicativos para ler livros no tablet ou no smartphone

Por Douglas Ciriaco.
Os dispositivos portáteis mudaram a nossa forma de interagir com o mundo. Seja na agilidade com que informações são espalhadas ou na facilidade de se compartilhar fotos e vídeos pela rede. Mas as mudanças vão muito além disso, esbarrando inclusive na forma de consumir informação. Muita gente utiliza dispositivos exclusivos para a leitura de livros digitais, os chamados e-readers, ou então empregam tablets e smartphones para o mesmo fim.
As principais lojas de aplicativos vendem livro, garantindo acesso rápido e prático a uma livraria virtual repleta de títulos. Há ainda lojas especializadas em livros com promoções variadas para quem é adepto dos meios digitais de leitura. Nesta lista, separamos alguns dos principais aplicativos do gênero disponíveis atualmente.

1. Aldiko
1. Aldiko

Um clássico do Android, o Aldiko ainda não chegou a outras plataformas mobile, mas é uma excelente opção para quem tem um tablet ou smartphone com o sistema do Google. Ele apresenta suporte para arquivos de diferentes formatos, incluindo ePUB, PDF (inclusive com proteção DRM da Adobe).
O Aldiko também funciona como um ótimo gerenciador de biblioteca, organizando seus livros de forma inteligente e automática. Ele tem contato com algumas livrarias (nenhuma em português, infelizmente) e permite emprestar livros. O sistema de leitura apresenta recursos avançados como marca-texto, dicionário, busca, compartilhamento e anotações. Você ainda pode configurar alguns recursos técnicos, como contraste e brilho da tela, garantindo assim uma experiência avançada e completamente personalizada na hora de ler seus e-books.
Download: Android

2. Amazon Kindle
2. Amazon Kindle

Se falamos em livros digitais, não há como deixar de fora a Amazon. Uma das principais vendedoras de e-books do mundo, a companhia tem um e-reader próprio, o Kindle, e o aplicativo Amazon Kindle oferece acesso a todos os benefícios do gadget em qualquer outro aparelho. Isso significa que você pode levar os e-books adquiridos na loja para qualquer aparelho
Além disso, o app permite criar coleções de leitura e pesquisar os conteúdos lidos em dicionários e outros sites da web, como Wikipédia e Google. A personalização também garante uma ótima experiência de uso, pois é possível ajudar o tamanho do texto, controlar o brilho e o contraste da tela e até mesmo selecionar a cor do plano de fundo.
Download: Android | iOS | Windows Phone

3. Ebook Reader
3. Ebook Reader

Outra loja bastante conhecida em várias partes do mundo, a Ebooks.com conta com um aplicativo próprio para você gerenciar os produtos que adquire em seu site. O Ebook Reader oferece uma série de funcionalidades e lê não somente os arquivos comprados nesta loja, mas também aqueles no formato ePUB. Ou seja, você pode usar o Ebook Reader como um gerenciador de sua biblioteca, pois ele faz isso automaticamente — e é possível editar manualmente as tags de cada livro.. Você pode criar coleções de leitura, ajustar o aplicativo para leituras noturnas e fazer backup online de toda a sua biblioteca.
Dentro do aplicativo também há alguns recursos especiais, como função marca-texto, personalização da leitura (tamanho e estilo da fonte, cor do plano de fundo), sistema de busca e recurso para compartilhamento rápido.
Download: Android | iOS | Windows Phone

4. Google Play Livros
4. Google Play Livros

O Google expande seus negócios em várias direções. Logo, era óbvio que cedo ou tarde a empresa entraria no ramo dos livros digitais. O Google Play Livros é a loja de e-books da companhia e conta com milhares de títulos, entre pagos e gratuitos, e em vários idiomas diferentes, inclusive em português brasileiro.
Além dos livros adquiridos na loja, ele suporta arquivos PDF e ePUB, então você pode usar o app para ler itens comprados de outros serviços ou baixados da web. Ele organiza sua biblioteca de forma inteligente e apresenta inúmeros efeitos para incrementar a sua experiência de leitura.
O aplicativo do Google não para por aí e vem ainda com um excelente sistema de navegação. Recursos extras, como função marca-texto com várias cores diferentes, recursos para pesquisa, tradução e anotações, índice inteligente e busca interna completam o pacote.
Download: Android | iOS

5. iBooks
5. iBooks

O iBooks é o leitor de livros digitais oficial da Apple. Ele tem acesso direto à loja de livros da iBooks Store, que conta com milhões de títulos em vários idiomas. Além disso, como lê ePUB e PDF, este aplicativo pode ser o seu leitor padrão sem nenhum problema.
Com o apelo visual tradicional dos softwares da companhia fundada por Steve Jobs, o iBooks oferece sete fontes diferentes para você personalizar sua experiência. São três opções de cor para plano de fundo, integração com redes sociais, função marca-texto são outros de seus recursos. É possível ainda controlar o brilho da tela para deixá-la ambientada a qualquer tipo de iluminação. Você também pode sincronizar toda a sua biblioteca para tê-la disponível em qualquer gadget.
Download: iOS

6. Kobo Reader
6. Kobo Reader

Criado pela canadense Kobo Inc, o Kobo é também um dos principais e-readers do mundo. Além do gadget, a companhia conta com um aplicativo que pode ser instalado nas principais plataformas móveis da atualidade, oferecendo acesso rápido a uma extensa biblioteca.
No Brasil, a Kobo tem parceria com a Livraria Cultura, então você pode comprar livros já no formato digital ou então usar o aplicativo para ler itens em outros formatos, como ePUB e PDF. O app oferece uma experiência personalizada e também serve para a leitura de revistas e histórias em quadrinhos. Nele, você escolhe tipo e tamanho da fonte, pode compartilhar trechos de sua leitura nas redes sociais, pesquisar no Google ou procurar pela definição ou tradução de algo em um  dicionário.
Download: Android | iOS | Windows Phone

7. Marvin
7. Marvin

Diferente da maioria dos leitores digitais incluídos nesta lista, o Marvin não é o aplicativo de nenhuma loja em específico. Assim, ele funciona como leitor e organizador da sua biblioteca de forma avançada, contando com uma versão gratuita e outra paga (esta, obviamente, com alguns recursos extras).
Com suporte para PDF (sem limitações DRM) e ePUB, ele trabalha com os principais formatos e garante a possibilidade de selecionar tamanho e tipo da fonte, cor do plano de fundo e controlar o brilho da tela. Permite ainda buscar por itens dentro do livro e definir alguns gestos para acionar determinados recursos, garantindo mais precisão na hora de ler. Sistema de anotações, função marca-texto e compartilhamento são outros extras nesta ferramenta.

8. Moon + Reader
8. Moon + Reader

Leitor de e-books completo, o Moon + Reader também não está vinculado a nenhuma loja e suporta uma gama variada de formatos. Você pode ler arquivos em TXT, HTML, ePUB, PDF, MOBI, UMD, FB2, CHM, CBR, CBZ, RAR, ZIP e OPDS. De documentos básicos até histórias em quadrinho, o app contempla quase tudo.
Você também pode definir espaçamento, tipo e tamanho da fonte, forma de exibição (negrito, itálico ou sombreado), escolher cor de texto e de plano de fundo, recurso especial para leituras longas, organização de sua biblioteca com base em diversos critérios, função marca-texto, anotações, dicionário (online e offline), tradução, compartilhamento rápido e muito mais.
Além disso, este app oferece mais de 10 temas visuais para você. Na versão paga, você não tem propagandas na tela e pode acessar alguns recursos aprimorados.

9. Saraiva Digital Reader
9. Saraiva Digital Reader

A livraria e editora Saraiva, uma das maiores do ramo no Brasil, também conta com um leitor digital físico, o Lev. A companhia oferece um aplicativo exclusivo para adquirir e-books na loja, o Saraiva Digital Reader, com mais de 12 mil títulos em português e mais de 200 obras gratuitas. Para comprar livros, você pode usar tanto o aplicativo quanto o site da Saraiva.
Ele não apresenta tantos recursos quanto os demais nomes desta lista, mas garante funções básicas como marca-texto, marcador de página e suporte para anotações enquanto você lê. A personalização também é um destaque e você pode mudar cor do fundo, controlar o brilho e ainda escolher a fonte do texto.
Download: Android | iOS

10. Wattpad eBook Reader
10. Wattpad eBook Reader

A última dica é o Wattpad, um leitor com foco na distribuição gratuita de livros. Ele conta com um vasto público que fomenta uma comunidade bastante produtiva, com mais de 10 milhões de obras oferecidas gratuitamente a qualquer usuário. Além de “pessoas comuns”, é possível encontrar aqui autores consagrados, como Paulo Coelho e Margaret Atwood.
Este app é indicado para os fãs de literatura que desejam receber novidades sobre alguma obra no instante em que ela é publicada. Além disso, ele tem apelo especial entre quem busca por novidades do mundo literário, recebendo dicas de leituras a todo instante.
O leitor em si é bem interessante, com recursos para marcação de texto, compartilhamento de conteúdo e atenção especial à função para descoberta de novas obras. E você pode publicar seu próprio livro sem pagar nada por isso.
Download: Android | iOS

Conheça 13 sites gratuitos de bibliotecas online

Quer consultar um livro ou documento sem precisar ir a uma biblioteca? Veja as principais bibliotecas digitais e tenha acesso gratuito.

Para pessoas que desejam fazer trabalhos acadêmicos com fontes seguras, o melhor lugar para encontrar essas informações é nas bibliotecas. Porém, nem sempre ir a uma biblioteca é uma tarefa simples. Por isso, confira uma lista com as principais bibliotecas digitais e consulte gratuitamente seu acervo sem sair de casa:


1 – Domínio Público

Quer ler Machado de Assis, ou conhecer mais sobre as obras do romantismo? O site oficial do Domínio Público do governo conta com milhares de obras, vídeos, textos e sons totalmente gratuitos para download. Todas as obras já estão no domínio público, ou seja, você só encontrará criações de pessoas que morreram há 70 anos.

2 – Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin

O site da biblioteca da Universidade de São Paulo (USP) contem livros, revistas, documentos, e outros tipos de arquivos livres para o download gratuito.

3 – Biblioteca Digital Paulo Freire

Voltada principalmente para a área de filosofia e pedagogia, a Biblioteca Digital Paulo Freire disponibiliza para download gratuito das obras do pedagogo e filósofo Paulo Freire.

4 – Biblioteca Nacional Digital Brasil

Com mais de 700 mil arquivos, a Biblioteca Nacional Digital Brasil conta artigos, trabalhos acadêmicos, livros, obras de arte, gravuras, fotografias e outros documentos para download grátis.

5 – Biblioteca Mundial Digital

Com objetivo de reunir documentos oficiais sobre a cultura de diversos países do mundo, a Biblioteca Mundial Digital disponibiliza gratuitamente fotos e arquivos para consulta.

6 – Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)

Coordenada pelo Ibict, a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) reúne centenas de teses e dissertações de universidades de todo o País. É uma ferramenta útil para quem está fazendo a sua monografia e precisa de fontes acadêmicas.

7 – Biblioteca Digital do Supremo Tribunal Federal

Para os estudantes e profissional da área de Direito, a Biblioteca Digital do Supremo Tribunal Federal é uma ótima fonte de pesquisa para documentos, livros, artigos e outros arquivos de interesse para a área.

8 – Biblioteca Digital da Unicamp

A Biblioteca Digital da Unicamp conta em seu acervo com dissertações, teses, pesquisas em andamento, revistas eletrônicas, etc., todos feitos pelos professores, pesquisadores e alunos da instituição.

9 – Biblioteca Digital da UNESP

Com um grande acervo de obras de artes, gravuras e desenhos, além de trabalhos acadêmicos, aBiblioteca Digital da UNESP contem os arquivos necessários para estudantes que precisam consultar fontes seguras.

10 – Biblioteca Digital do Museu Nacional

O site da Biblioteca do Museu Nacional tem como objetivo disponibilizar o acervo de obras raras nas áreas de ciências naturais e antropologia.

11 – Biblioteca Digital da Escola de Música da UFRJ

Para estudiosos ou interessados na área de música, a Biblioteca Digital da Escola de Música da UFRJ é uma ótima opção para consultar documentos da área. O acervo conta com obras raras dos séculos XVI a XVIII, além de partituras, manuscritos e periódicos para download gratuito.

12 – Biblioteca Digital e Sonora

Com acesso gratuito, mas exclusivo para pessoas com deficiência visual, aBiblioteca Digital e Sonorareúne diversos materiais no formato digital para facilitar o acesso dessas pessoas aos conteúdos.

13 – Project Gutenberg

O Project Gutenberg reúne livros e documentos que estejam no domínio público de todo o mundo. Lá, é possível encontrar as obras originais de grandes nomes da literatura mundial.